quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mario Super Sluggers [Download]

Mario sempre se mostrou um atleta completo: Participou dos jogos olímpicos de Pequim – em várias modalidades –, se consagrou no futebol, tênis e golfe (estes dois últimos somente na geração passada). E agora, resolveu seguir carreira no beisebol – esporte muito difundido nos EUA e pouco conhecido em terras brasileiras. Essa experiência já foi bem aclamada no GameCube, com Mario Superstar Baseball , e chega ao Wii com o jogo Mario Super Sluggers ( Mario Stadium Family Baseball, no Japão).

Logo de início, somos apresentados a um belíssimo vídeo, a lá Mario Strikers Charged, que serve como introdução à história, já deixando o jogador no clima. Os menus são bem simples e intuitivos, logo, não há problemas em encontrar o que se deseja. Na tela principal, temos opções para partidas simples, práticas, recordes e também um modo Challenge, que nada mais é, do que um modo “History” com exploração “point and click”, e um enredo bem simplório: Princesa Peach resolve construir um centro insular para que ela possa jogar beisebol com os amigos. Visto isso, ela constrói vários estádios com temáticas diferentes. Então – só para variar – Bowser acaba com a festa. Trazendo consigo um estádio inteiro, como se fosse um navio, e acoplando-o à ilha. Na pele de Mario seu objetivo será recrutar um eficiente time de beisebol – por meio de missões envolvendo o esporte –, para vencer os desafios de Bowser Jr, e expulsar Bowser e seus capangas da ilha.


O game também possui alguns minigames (que no Wii nunca podem faltar), como um em que o jogador deve lançar bolas contra plantas para que estas recuem. Existe também o modo Toy Field, onde um jogador rebate e outros tentam pegar a bola, para assim, terem sua chance de rebater e pontuar.

As partidas podem ser rápidas ou longas, já que há uma opção para selecionar o número de tempos do jogo. Cada time tem um capitão, acompanhado de outros personagens secundários, Mii’s, ou até mesmo os capitães rejeitados na hora da primeira escolha. Há também opção para ter ou não “error itens”, usados para atrapalhar os jogadores que tentam pegar a bola depois da rebatida. Contudo, o que chama mesmo a atenção, são os especiais – cada capitão tem seu especial de rebatida e lançamento, que são muito semelhantes. Mario, por exemplo, pode lançar uma bola flamejante, ao passo que pode rebater obtendo o mesmo efeito. Outro fator bem relevante são algumas inteirações que podem ser feitas por personagens que tenham afinidade – como um “pezinho” para seu companheiro dar um grande salto, e impedir que a bola saia do campo, provocando um “Home Run”. Portanto, é sempre bom manter no mesmo time, personagens do mesmo game que simpatizem mutuamente.

Os controles parecem complicados no início, mas são fáceis de serem dominados. O lançamento é feito a partir de um simples movimento com o Wii Remote, requerendo que seja carregado (caso queira mais força), mantendo o controle para trás por um tempo. As rebatidas são mais simples ainda. Mantenha o controle horizontalmente para trás para carregar, e faça um movimento brusco para frente, na hora que você achar conveniente para dar uma boa rebatida. Não existe um controle especial para canhotos e destros, já que o movimento é mecânico. Mas dá uma certa sensação de irregularidade quando não se alterna esquerda e direita, por haver essa variação entre os personagens.


Depois que uma bola é rebatida com sucesso, o rebatedor vai correr automaticamente de uma base à outra. Se quiser mais velocidade, basta balançar freneticamente o controle. Na defesa, também não há problemas, pois também temos uma movimentação automática dos personagens. Ficando a cargo do jogador, apenas os passes e alguns saltos acrobáticos para não deixar a bola tocar o solo, ou sair do campo. Há também a opção de acoplar o Nunchuk, para um controle manual da direção dos personagens. Porém é algo um tanto dispensável e que apenas complica o game, que funciona muito bem apenas com o Wii Remote. Salvo apenas algumas situações onde o Nunchuk se destaca. No lançamento, por exemplo, se queremos uma bola com curva, precisamos girar o controle – se tivermos apenas com o Wii-Mote – e geralmente a bola não vai para onde queremos. No entanto, se já tivermos o acessório, basta apenas mover o analógico para o lado que você quiser, e a bola fará o trajeto perfeitamente.

Os gráficos não desapontam, nem impressionam. Os modelos e as texturas são bem definidos, assim como os efeitos das rebatidas e lançamentos. O problema é que está novamente igual aos outros jogos paralelos de esportes do Mario – se juntássemos todas as experiências esportivas que ele teve no Wii, poderíamos fazer um jogo só, e ninguém notaria que foram feitos em épocas diferentes. No entanto, os detalhes das roupas e rostos - com exceção dos Miis – estão minuciosamente trabalhados. Gramas e pisos também não deixam a desejar. Visualmente falando, tudo está praticamente como sempre, até a platéia (que parece de papel) se assemelha demais com outras já vistas em games anteriores e casuais do encanador.

A parte sonora do game está bem interessante. As músicas ajudam a dar um tom mais animado ao jogo, bem como os demais efeitos sonoros, que, mesmo não tendo a pretensão de serem fiéis à realidade, fazem o jogador se sentir realmente em um jogo de beisebol.

Mario Super Sluggers é um jogo que quase não deixa a desejar. Pois a Namco/Nintendo perde a chance de lançar um game “Excelente” e fica no “Ótimo”, pela engine gráfica “repetida” e por apresentar apenas um upgrade de Mario Superstar Baseball, sem grandes e notáveis inovações. Mas afinal, isso é um jogo de beisebol e já foi fantasticamente explorado e adaptado para Mario e sua turma. Além disso, o game traz um belo arsenal de modos e personagens, e uma jogabilidade bem prática, tornando o game muito divertido, simples e intuitivo. 


Line Rider 2: Unbound [Download]

 
A inXile Entertainment anunciou que trará versões do conhecido jogo em Flash chamado Line Rider para o DS e para o Wii. O jogo original parte da simples idéia de desenhar uma pista e fazer com que um pequeno personagem atravesse-a (ou não). Utilizando o Wii Remote e a caneta Stylus, você poderia desenhar as tais pistas, mas não é só nisso que se baseará o jogo: Bostjan Cadez, o eslovêno idealizador do jogo, disse que ambas as versões para consoles Nintendo trarão suas próprias características únicas, mas nenhum detalhe foi revelado.

A parte mais divertida do jogo em flash original é trocar as pistas criadas por você por meio de vídeos que podem ser colocados em sites como o YouTube ou outros. Com certeza ambas as versões de Line Rider utilizarão a conexão Wi-Fi da Nintendo para fazer algo parecido.

Um ponto importante é que, pelo navegador Opera do Wii, você poderá jogar o jogo original em flash. Resta saber o quê será acrescentado à versão de Wii do jogo para torná-la atraente o suficiente para ser comprada. Mais informações deverão ser reveladas em breve.

Ferrari Challenge Trofeo Pirelli [Download]

É inegável que a marca Ferrari exerce uma espécie de poder e magia sobre todos os amantes do automobilismo. Infelizmente, não são muitas as pessoas que podem competir nas principais pistas do mundo à bordo dessas fantásticas máquinas italianas. Pensando nisso a Eutechnyx, em parceria com a System 3, desenvolveu um simulador multi-plataforma das lendárias competições do campeonato mundial Ferrari Challenge Trofeo Pirelli. Este torneio surgiu no inicio dos anos 90, criado por proprietários da belíssima Ferrari 348 que possuíam tempo, dinheiro e vontade de competir com seus carros. Com o passar dos anos essa competição ganhou terreno no automobilismo mundial, transformando-se em um verdadeiro fetiche de milionários apaixonados pela marca do Cavalinho Rampante.

No mundo dos games, competições entre Ferraris sempre foram muito comuns. Além do clássico OutRun, jogo desenvolvido pela Sega no final dos anos 80 onde o jogador leva uma linda loira para um passeio por paisagens paradisíacas à bordo de uma TR 512 conversível, a própria System 3 desenvolveu um game chamado Ferrari Grand Prix Challenge para o NES, baseado em bólidos de corrida. Tivemos também Ferrari F355 Challenge para Dreamcast e Playstation 2, desenvolvido pela Sega no final da década passada. Mas é com Ferrari Challenge Trofeo Pirelli que a System 3 faz uma verdadeira homenagem à história da Ferrari e do automobilismo mundial. São mais de 30 modelos de Ferraris que variam entre carros de rua e bólidos de competição, verdadeiros mitos do automobilismo como F430, 348TB, Testarossa, 575 GTC, FXX, F50 e os míticos F40, 333 SP e 250 GTO. Todos os carros são extremamente bem detalhados e com física e sons reais dos motores e chassis envenenados de Maranello. Com estas máquinas o jogador poderá acelerar fundo em circuitos na Itália, Europa e América do Norte. Porém, não são quaisquer circuitos incluídos no jogo. Entre os autódromos disponíveis estão presentes no jogo as pistas de Monza, Spa, Silverstone, Gilles Villeneuve e Paul Ricard, verdadeiros templos sagrados do automobilismo onde foram travadas disputas épicas entre Senna, Prost, Mansell, Piquet, Schumacher e Barrichello.

O game contou com a colaboração do piloto brasileiro Bruno Senna que confessou ser um fã das séries Need For Speed e Gran Prix de Geoff Crammond. Ao jogar Ferrari Challenge Trofeo Pirelli a influência desses games é notada com facilidade. Da série Need for Speed está presente a personalização dos carros com dezenas de cores e adesivos, enquanto que de Gran Prix é utilizado a complexa preparação e ajuste dos veículos de acordo com a pista e o gosto do “piloto”, bem como a customização dos auxílios de pilotagens. Entre estes ajustes estão presentes o traçado ideal (que é uma faixa que mostra as tangências perfeitas das curvas além de alternar entre as cores verde e vermelha para indicar o ponto de freada e de aceleração) e os controles de tração e de estabilidade. O uso de tais auxílios, bem como a quantidade de ultrapassagens, tempo na liderança da prova e a posição de chegada, determinam os créditos que o jogador receberá no final da corrida. Estes créditos poderão ser usados mais tarde para desbloquear novos carros e personalizá-los.



Logo ao se iniciar uma partida é possível notar um dos principais pontos negativos do jogo: os tempos de carregamento são gigantes. O que agrava ainda mais a situação é o fato de que os carregamentos são constantes, basicamente a cada opção no menu que é acessada, o jogador é obrigado a aguardar alguns tediosos segundos.

Entre os modos disponíveis estão presentes o Time Trial (corrida contra o relógio), Arcade, corrida simples, Challenge Trofeo Pirelli (campeonato completo de F430 ao redor do mundo), Troféu (pequenos campeonatos com os principais carros além da F430), o Tutorial (que é indispensável para iniciantes, pois o ex-piloto Tiff Needell ensina as principais dicas para o jogador não bater contra o muro logo na primeira curva), e um card game no melhor estilo “Super Trunfo”, que embora seja a única inovação do game, serve apenas como curiosidade e não aumenta a diversão do titulo. Uma falha grave é a falta de um modo multiplayer, tanto online quanto offline. O jogador terá que se divertir sozinho com o jogo.

As corridas duram em média 10 minutos, o que considero o tempo ideal parra esse tipo de jogo, pois o jogador não chega a cansar na frente do video game, e ele tem tempo suficiente para efetuar todas as ultrapassagens necessárias sem precipitações. É possível jogar com o Wii Remote e Nunchuk comandando o carro com o analógico, ou apenas com o Wii Remote virando-o como um volante de um carro de verdade. Podemos dizer que a jogabilidade é o principal ponto positivo do game, pois o único ponto negativo que ela possui é a péssima utilização do câmbio manual. Porém, esse erro é facilmente ignorado ao escolher a opção de câmbio semi-automático, onde basta balançar o controle e o videogame identifica se é hora de aumentar ou reduzir as marchas. O sistema de danos se limita somente a amassados no pára-choques e no capô, sem resultar em qualquer tipo de falha mecânica ou na perda de potência, por mais violento que seja o acidente. Por causa disso, não há opção de parar no box. Caso o jogador não queira esse sistema de danos medíocre, basta ir às opções do game e desativá-lo.



A parte sonora do game é um verdadeiro espetáculo. Além dos sons dos motores dos carros estarem muito fiéis, todos os efeitos sonoros são bons. Jogar em um sistema de som Dolby Digital é simplesmente como estar acelerando os mais de 400 cavalos de um motor Testarossa dentro de sua casa! As musicas são bem variadas e agradáveis, variando entre musica clássica, eletrônica, pop, rock e hip hop. Mas aqueles que preferem ficar só com o ronco das Ferraris, basta ir às opções e desativar as músicas.

Ao contrário da versão de PS2, a modelagem dos carros está muito próxima da realidade, basicamente idêntica à versão de Playstation 3. Porém, os detalhes internos dos veículos estão com uma qualidade bem inferior. Os circuitos, riquíssimos em detalhes, estão bem superiores aos melhores games da geração passada (Le Mans 24, Gran Turismo 4 e Forza). Mas toda essa beleza, que vai desde os objetos externos até aos pássaros voando, fica prejudicada devido a problemas como a baixa resolução do console da Nintendo, a falta de efeitos suavizadores, péssimos efeitos de partículas (fumaça, poeira e chuva), reflexos e sombras ultrapassados e alguns defeitos como texturas borradas e “pop- ups” de objetos, erros que ficam ainda mais aparentes na falta de um cabo de vídeo componente e caso sua TV não dê suporte à resolução 480p. Para falar a verdade, entre todos os jogos de Wii que já joguei, foi em Ferrari Challenge Trofeo Pirelli que notei a maior diferença entre a resolução 480i e 480p.

Em suma, Ferrari Challenge Trofeo Pirelli é um bom game de corrida, nascido de ótimas idéias e apresenta um excelente potencial para futuramente tentar competir com jogos já consagrados do gênero Porém, não apresenta novidade alguma que seria capaz de abalar seus rivais. Embora apresente uma sonoplastia excelente e bons gráficos, o jogo sofre com os erros citados do no texto e com a falta de qualquer tipo de jogatina multiplayer. A versão de Nintendo Wii foi contemplada com uma jogabilidade fantástica que mostra todo o potencial do console para simuladores de corrida, mas o mesmo não ocorre com os gráficos que embora estejam melhores que a versão de PS2, estão bem aquém das capacidades de processamento do Wii. Ferrari Challenge Trofeo Pirelli é indispensável para amantes hardcores de simuladores de corrida ou de automóveis da marca Ferrari, porém se você está buscando os jogo de corrida mais “descompromissados”, o game pode parecer complicado e tedioso. 


Versão: NTSC

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

The Legend of Zelda: Twilight Princess [Download]

 

É realmente difícil analisar um "The Legend of Zelda". Praticamente todos os jogos da série são obras de arte no mundo dos videogames. Muitos consideram The Legend of Zelda: Ocarina of Time (Nintendo 64) como o melhor da série e até como o melhor jogo de todos os tempos. Se não for o caso, é quase certo que a alternativa da pessoa seja The Legend of Zelda: A Link to the Past (Super NES). Como conseqüência, a cada capítulo da série lançado, existe a possibilidade de que este novo jogo se torne o sucessor dos já idolatrados mencionados anteriormente. Veremos agora se o novo The Legend of Zelda: Twilight Princess para o Wii conseguirá ocupar o posto de melhor jogo da série e, quem sabe, o de melhor jogo de todos os tempos.

The Legend of Zelda: Twilight Princess inicia apresentando Link, o personagem principal, como um fazendeiro pacífico na Ordon Village. Sem entrar em muitos detalhes, Link recebe a missão de entregar um presente à família real de Hyrule. Porém, antes mesmo de iniciar esta tarefa, a vila é atacada e pessoas são raptadas. Para piorar a situação, Link corre atrás destas pessoas para salvá-las, mas acaba entrando no Twilight Realm, um mundo paralelo onde as pessoas são meros fantasmas. Entretanto, Link se transforma em um lobo, ao invés de em um fantasma. Mal tendo se transformado, o herói é capturado e preso. Na prisão, encontra-se com Midna, uma personagem totalmente nova na série Zelda, que o ajuda a escapar. Como conseqüência desta ajuda, Midna trata Link como seu servo. Dessa forma, ambos partem ao encontro de uma certa pessoa.

Quem é fã de The Legend of Zelda sabe que em praticamente todos os jogos a história gira em torno de três personagens principais. Twilight Princess não é diferente e a maneira de se chegar a este ponto é bem interessante. Aliás, este é um dos pontos de destaque de Twilight Princess: sua história. Nenhuma outra de um jogo Zelda foi tão envolvente e profunda. A maneira como cada personagem desempenha seu papel no desenrolar da trama é inesperada e as falas proferidas por cada personagem (inclusive os secundários) merecem atenção.

The Legend of Zelda: Twilight Princess fora originalmente previsto ser um jogo para GameCube. E ainda é. Ou seja, os gráficos são lindos demais para um jogo de GCN (com toda a certeza os melhores gráficos de qualquer jogo do console), porém, para um console da próxima geração ou para um que consiga produzir gráficos com cerca de 2 ou 3 vezes mais poder que um GameCube talvez seja pouco. Mas Twilight Princess para o Wii consegue fazer com que isso fique por debaixo dos panos. "Como assim?", você pergunta. A parte artística é divina, simplesmente fantástica. Cada cenário tem seu detalhe, cada objeto tem seu estilo. Olhe em volta em qualquer lugar que você esteja no jogo. Há letras em Hylian nas paredes, há tochas acesas pelas quais passamos sem notá-las, e o melhor de tudo: vá ao Fishing Hole, lugar onde podemos pescar, e olhe ao redor: aprecie a beleza do local. Simplesmente inebriante.

Por falar em pesca, entramos agora em um ponto que preocupa a todos: como o controle do Wii foi adaptado a um jogo que só conseguimos pensar em manipular com um controle normal de videogame? Resposta rápida e na ponta da língua: é melhor do que o normal.

Não entraremos em detalhes explicando a funcionalidade geral do Wiimote (o controle do Wii), mas pode ter certeza de que o seu desempenho é perfeito. Em Twilight Princess, os comandos são simples: o controle digital (em formato de cruz) serve para manter itens. Se deseja usar um deles, aperte a direção em que o item se encontra e ele será jogado para o gatilho B do Wiimote, que o utilizará a seguir (muitas vezes usando o pointer do Wiimote, como o arco, gerando excelente precisão). Para cima, neste mesmo direcional, serve apenas para falar com Midna. Os botões 1 e 2 são utilizados para visualizar o mapa do local onde você se encontra e desativar a opção de ver o mapa na tela de jogo, respectivamente. Os botões - e + permitem acesso ao inventário: um para a sua coleção de itens a serem usados no B, o outro para visualizar o seu progresso no game ou trocar os equipamentos à moda de Ocarina of Time. O A é o mesmo A de todos os Zeldas: fale com os personagens, role no chão, etc. Por fim, o Wiimote é a própria espada. Basta fazer movimentos no ar com seu Wiimote que Link empunhará a espada e atacará com ela. Entretanto, neste caso, Link não seguirá exatamente o movimento de sua mão (apenas o de você segurar para frente no Nunchuk, que especificaremos mais adiante, e colocar o Wiimote para frente - neste caso Link segue sua mão perfeitamente): imagine que a cada mexida em seu controle é como se você apertasse o botão B dos outros jogos Zelda. Mas isso funciona, e funciona muito bem. Uma adição interessante neste quesito com a espada é que agora é possível atacar com a espada enquanto anda, ao contrário dos outros jogos da série, nos quais Link parava para desferir os ataques.

Outros dois pontos a serem destacados na jogabilidade são o Nunchuk e o speaker do Wiimote. O Nunchuk é simples e extremamente funcional: controle o personagem, utilize o Lock-On com Z e visão em primeira pessoa com o C. Mas o melhor que ele pode oferecer é o Spin Attack, pois basta girar o Nunchuk no ar (na verdade apenas mexê-lo da direita para a esquerda ou vice-versa, mas pela emoção do momento é impossível não girá-lo) que Link o realizará. Mas lembrando: você só pode realizar um Spin Attack por vez, pois após fazê-lo a espada irá carregar automaticamente e aí sim poderá realizar outro ataque giratório. É aí é que vem outro ponto interessante: para saber quando poderá usar novamente o Spin Attack, um som do speaker do Wiimote identificará isso (além de, é claro, um som na tela). O speaker do Wiimote foi utilizado e muito em Twilight Princess: no barulho da espada sendo manejada, em praticamente todos os itens, na risada da Midna (que seria o "hey" da Navi de Ocarina of Time) e assim por diante. Com toda certeza, isso deixa você imerso no jogo, apesar da qualidade do speaker não ser das melhores.

Enfim, o controle do Wii se ajustou perfeitamente ao jogo, e não causará cansaço ao jogar, ao contrário do que a grande maioria possa ter pensado.

The Legend of Zelda: Twilight Princess possui diversos pontos positivos que poderiam ser citados nesta análise durante muito tempo, porém, vamos logo ao ponto que todos querem saber: os pontos negativos. Para espanto de todos, o controle não entra nesta classificação. O primeiro deles é a música. Apesar de grande parte destas serem perfeitas (destaque para a música dos Light Spirits, por exemplo, ou até mesmo a de Hyrule Field), muitas são, digamos, "normais", principalmente as das primeiras dungeons, que quase não se notam. Outro ponto fraco é que muitas músicas são remakes de temas clássicos, algumas melhores do que as originais, outras piores. E, ao usar remakes, surge a controvérsia: por que não usaram a música x do jogo y, já que a música z do jogo w está lá? Apesar disto, o conjunto da obra excede as expectativas, mas, como dito, poderia exceder ainda mais.

Outro ponto negativo é a dificuldade, ou melhor dizendo, a não-dificuldade do jogo. Os primeiros puzzles, como tradição da série, não apresentam problemas. Com o desenrolar do game, o nível vai aumentando, porém nada extremamente complexo. A dificuldade no quesito matar inimigos e levar dano também é baixa. Normalmente se perde apenas 1/4 do coração a cada dano levado, sem contar que há gramas e vasos (que oferecem corações) por todo lado, diminuindo ainda mais a dificuldade.

Todos os pontos desfavoráveis aqui citados são de certa forma relevantes, mas não se engane: The Legend of Zelda: Twilight Princess é uma obra de arte no mundo eletrônico, é um daqueles jogos que vale uma geração inteira dos videogames. As novidades são muitas e variadas, desde itens nunca antes vistos na série até mesmo à forma de controlar os itens antigos e de controlar o próprio Link com o novo controle do Wii. Você passará, com toda certeza, mais de 100 horas sentado e jogando - pois, além da história principal, há diversas sidequests, e com toda certeza jogar Zelda apenas uma vez é não apreciar o jogo.

Para finalizar, voltamos à questão proposta no início da análise: The Legend of Zelda: Twilight Princess consegue superar Ocarina of Time ou A Link to the Past? Isso realmente vai depender do gosto de cada um, porém, com toda certeza, encontra-se no mesmo nível desses jogos. The Legend of Zelda: Twilight Princess é um título obrigatório para qualquer pessoa que aprecie videogames em geral.

INFORMAÇÕES:
- O Download está em Torrent
- Versão do Jogo: NTSC

Bully: Scholarship Edition [Download]






Dos mesmos produtores da série GTA, Bully é um game centrado também na polêmica. Porém, o roteiro e ambientação no jogo mereceram até prêmios da indústria. A história se passa em um colégio interno fictício, a Bullworth Academy, onde seu personagem é deixado após os pais ricos saírem de lua-de-mel. Sua missão é sobreviver às panelinhas de alunos, repressão dos professores, pegadinhas dos garotos 'maus', conquistar garotas e também aprontar com os outros para conseguir respeito.
A semelhança com GTA está no mundo aberto do game. Não existe um caminho pré-definido e você pode ir abrindo as 'tarefas' à medida que vai encontrando pessoas ou locais.


INFORMAÇÕES:
-O Download está em Torrent
-Versão do Jogo: NTSC

Guitar Hero III: Legends of Rock [Download]



Depois de duas versões e um spin-off lançados para sistemas concorrentes, finalmente uma plataforma Nintendo recebe um jogo da série musical mais comentada dos últimos tempos. Guitar Hero III: Legends of Rock não marca só a estréia da franquia no Wii, mas também é a primeira empreitada da Neversoft como desenvolvedora (Guitar Hero foi originalmente criado e era desenvolvido pela Harmonix, que hoje trabalha em Rock Band com a MTV e EA).
E para uma primeira tentativa, até que Legends of Rock não se saiu nada mal.  Apesar de ter uma abordagem um tanto quanto distinta no que diz respeito à apresentação, a Neversoft conseguiu deixar intacto tudo aquilo que fez de Guitar Hero um grande sucesso: jogabilidade viciante, curva de aprendizado eficiente e, é claro, setlist matador.
Para quem vive numa caverna, breve explicação: Guitar Hero é um jogo rítmico como a maioria dos outros. Assim como nos jogos de dança ou até em Donkey Konga, você precisa apertar botões na medida em que eles vão aparecendo na tela. A diferença é que, em vez de usar seus pés ou batucar com as duas mãos, você precisa apertar botões com os dedos da mão esquerda no braço do controle-guitarra enquanto simula palhetadas com a mão direita.



Mas o principal diferencial para os demais jogos musicais é mesmo o "feeling" de Guitar Hero. No decorrer do jogo, você vai sentido como se estivesse realmente progredindo como guitarrista e integrante de uma banda de rock, tocando várias músicas conhecidas. E o ótimo "mapeamento" dos acordes musicais para os humildes cinco botões coloridos deixa a experiência ainda mais realista e gratificante.
O modo carreira funciona de forma semelhante aos jogos anteriores. Você encara diversos "setlists" com grupos de 4 músicas, parte para um encore e depois recebe um patrocínio maior e vai tocar em um palco mais estiloso. Mas há duas novidades em Legends of Rock: as cenas entre cada show, que contam de forma descontraída como acontece a ascenção de sua banda no mundo do rock, e as divertidas lutas contra os chefes.
As cenas não comprometem, mas parecem um pouco deslocadas do clima da série. Já os chefões são guitarristas consagrados - motivo para o jogo se chamar Legends of Rock - que você precisa batalhar como se estivesse jogando no modo multiplayer (explicações adiante). Em vez de músicas normais, você debulha sua guitarra em solos virtuosos compostos exclusivamente para o jogo por celebridades como o Slash, ex-guitarrista do Guns N' Roses.




Apesar disso, o modo que mais recebeu inovações nesta terceira edição foi o multiplayer. Há basicamente duas modalidades: o cooperativo, no qual você pode contar com o apoio de um amigo "tocando" a guitarra base ou o baixo para prosseguir pelo modo carreira; e o Battle, uma evolução do Pro-Face Off apresentado na segunda edição e pode ser jogado online.
Como o nome já entrega, dois jogadores se enfrentam para ver que é o melhor. A novidade fica por conta dos "poderes especiais" (também presentes nos confrontos contra Tom Morello e Slash no modo carreira), que você usa virando a guitarra para a vertical. Eles causam efeitos diversos: você precisa trocar a guitarra de posição, adivinhar as notas que vem a seguir, apertar um portão repetidamente, jogar numa dificuldade mais difícil momentaneamente, etc. A adição é bem vinda, já que favorece mais sorte em detrimento da técnica e permite que jogadores menos experientes tenham alguma chance contra os veteranos.




A versão para Wii apresenta algumas diferenças com relação às demais versões. A primeira delas é o modo online, que permite partidas através da Nintendo Wi-Fi Connection, mas não possibilita o download de músicas extras como nas demais versões para a última geração - certamente por causa da falta de espaço em disco. Para balancear, o controle guitarra do Wii possui compatibilidade com o Wii Remote, adicionando capacidade de rumble e efeitos diferentes quando você erra um acorde (o som sai direto do speaker do controle).
Os gráficos, é claro, também são diferentes das versões para PlayStation 3 e Xbox 360. Apesar de não apresentar tantos detalhes e contar com efeitos mais humildes, não chega a ter uma repercussão direta sobre a jogabilidade. Afinal, você dificilmente vai conseguir prestar atenção no plano de fundo nas dificuldades mais difíceis. E algumas adições deixaram a experiência mais interessante: agora os demais instrumentistas da banda também são sincronizados - ao contrário das versões anteriores, onde apenas os movimentos do guitarrista era mapeados.
A maior reclamação fica mesmo por conta do estilo adotado pela Neversoft para o design dos personagens e as cenas apresentados no modo carreira. Ao contrário dos jogos anteriores, que apresentavam um design mais sóbrio e "rock'n'roll", a terceira edição aposta em uma apresentação cartunesca, se distanciando um pouco das raízes da série. É claro que no final é tudo uma questão de gosto e nem faz tanta diferença assim.


Guitar Hero III: Legends of Rock faz jus à reputação da série. O modo online e as novidades do modo battle foram excelentes adições à já sólida experiência, que possui características exclusivas para os fãs do Wii, fazendo uso do Remote. Um dos jogos mais empolgantes da lineup do Wii, é simplesmente obrigatório para quem é fã de música ou está procurando por um multiplayer empolgante.

INFORMAÇÕES:
-O Download está em Torrent
-Versão do jogo: PAL

Sonic and the Secret Rings [Download]

 
 
Você jogou os Sonic Adventure de GameCube ou Dreamcast? Independente de ter gostado, ou não, esqueça. E os clássicos 2D da franquia? Também esqueça. Sonic and the Secret Rings para o Wii traz uma fórmula completamente nova, que mescla muitos elementos de diversos jogos. Onde quero chegar antes de começar a analisar SatSR é: não espere ver um novo Adventure, muito menos um que revitalize por completo a franquia de sua época 2D. Espere por algo completamente novo, que pode (ou não) agradá-lo.

A parte essencial e que merece destaque na análise, antes de qualquer item em discussão, é a jogabilidade. Todas as pessoas, exceto os fanáticos por Sonic, criticam demais a câmera dos jogos. Esqueça isso. Sonic and the Secret Rings não possui em momento algum problema de câmera; exceto um: ao retornar com o personagem, não é possível virar a câmera em 180º, o que em certos momentos pode frustrar o jogador. A jogabilidade de SatSR pode assustar os mais puristas por não ser controlado, e sim "on-rail", ou seja, o personagem segue em frente automaticamente. Mas convenhamos, nos jogos mais recentes da franquia, até mesmo nos 3D, havia momentos onde você simplesmente segurava para frente no controle e assistia ao Sonic realizar todos os loopings, e o pior: se você soltasse ou apertasse para o lado o direcional, Sonic saía de sua trajetória e provavelmente encararia um game over. Portanto, o "on-rail" se encaixou como uma luva em Sonic. Os botões de pulo e breque (2 e 1, respectivamente) são extremamente funcionais e com o tempo da jogatina, você se acostuma a eles facilmente. O famoso Homing Attack (aperte o botão de pulo, após realizar o mesmo, nos jogos 3D da franquia) deve ser feito pulando com o 2 e mover o Wiimote para frente. Além disso, temos as habilidades "Time Break" (para baixo no D-Pad) e "Speed Break" (para cima), onde o tempo se paraliza ou Sonic avança em uma velocidade insana. Ambos necessitam da Soul Gauge para serem usados, ou seja, uma barra de energia que é preenchida coletando as pearls espalhadas no cenário. Devido ao fato de "on-rail", você move Sonic para a direita ou esquerda, e alguns momentos para trás quando necessário, bastando girar o controle para trás. De modo geral, a jogabilidade de Sonic and the Secret Rings é muito boa, bastando apenas um tempo de dedicação para se acostumar a ela.

O game possui um sistema bem "RPG", onde Sonic ganha experiência e aumenta de level ao terminar as fases. A cada level aumentado, novas habilidades (104 no total) podem ser adquiridas e equipadas ao personagem. Porém, você precisa saber administrar estas habilidades, pois há um limite de quanto cada uma pode ser equipada. E aqui vem um problema do jogo: no começo, Sonic estará extremamente lerdo nas fases, com uma aceleração fraca, pulos com Homing Attack de curta distância e muito mais. Além de tornar o jogo mais difícil, passa uma impressão errada do jogo. Com o desenrolar da aventura, aumentando o level e adquirindo experiência, Sonic consegue ficar extremamente veloz, o Homing Attack adquire uma distância de acerto considerável e assim por diante. Ou seja, somente ao finalizar a história do jogo, você terá noção do que eu estou dizendo.


Falando na história, também não espere algo desenvolvido como nos Adventure, mas também não algo nulo como nos 2D. Resumidamente, Sonic é lançado no livro das Mil e uma Noites (Arabian Nights) à pedido da Gênia do Anel, Shahra. O vilão Erazor Djinn está apagando as páginas do livro e cabe a Sonic detê-lo. A história é muito simples e banal, misturando uns elementos de Sonic, como os "7 World Rings" (em comparação às 7 Chaos Emeralds) e diversos temas do livro das arábias. Porém, em certos momentos ela se torna interessante, principalmente com o que fizeram com os personagens clássicos da franquia (Knuckles, Tails e Eggman).

Os gráficos são um show à parte. Não são artísticos como em The Legend of Zelda: Twilight Princess, por exemplo, pois estamos falando de um jogo de ação, onde você passa por um trecho do cenário em menos de 2 segundos. De fato, mostra o potencial do Wii. E, já que mencionei nas fases, vale lembrar que o jogo possui ao todo 7 mundos mais o prólogo. Entretanto, 7 mundos muito bem explorados, devo dizer. Em cada um deles há cerca de 20 missões que devem ser cumpridas, as quais variam entre si: pegue 100 anéis, não pegue Pearls, não leve dano e assim por diante. E, em todas essas missões, há o mesmo esquema de "Ranks" que os jogos Sonic Adventure 2 e Sonic Heroes apresentam, por exemplo. Em Sonic and the Secret Rings, seu desempenho é medido através de medalhas de bronze, prata ou ouro. Ao pegá-las, extras são habilitados no Special Book, que se encontra no menu do jogo. Nele, há diversas artworks, vídeos e músicas de Sonic. É um excelente fator que influencia bastante na elevação da característica "replay" do jogo. Porém, novamente: para se conseguir uma medalha de ouro, além de você estar totalmente adaptado ao jogo, e conhecer a fase que deseja pegar a medalha de cabo a rabo, é necessário estar em um level bastante alto com diversas habilidades para conseguir completá-la e adquirir tal medalha.

O som do jogo é contraditório. Vai depender de pessoa para pessoa se vai curtir a música ou não. O único problema é que a tema "Seven Rings in Hand" está espalhada em diversos momentos do jogo, principalmente no menu. Logo, se você não gostar dela... Na minha opinião, o destaque principal vai para a música tema do último mundo.

Até o momento, discutimos somente o modo Adventure, ou seja, o single player. Mas, Sonic and the Secret Rings possui um modo multiplayer à lá Mario Party. Simplório, mas funcional. Todos os mini-games, assim como o single player do jogo, só utilizam o Wii Remote; o Nunchuk não é usado em nenhum momento. É possível jogá-los de 1 a 4 jogadores, com o computador controlando os personagens que não estão sendo jogados. Os personagens disponíveis no começo são: Sonic, Tails, Knuckles e Amy, mas é possível habilitar Shadow, Cream, Silver e Blaze. Há uma certa quantidade de modos de jogo, como em um deles você e seus adversários devem chegar a uma caverna cheio de tesouros com o seu barco, porém você só avança com ele vencendo nos mini-games. Há diversos tipos de mini-games, desde alguns extremamente chatos e difíceis de controlar, entretanto com uma proposta interessante, até os realmente legais e funcionais. Poderia ficar aqui mostrando os mini-games interessantes e os não-interessantes, mas cabe a você decidir isso ao jogar.

Sonic and the Secret Rings não agradará gregos e troianos. Haverá momentos de frustração para ambos os lados (como mortes inesperadas, decoreba das fases), como também momentos de pura diversão. Mas, com toda certeza, colocou a franquia em um rumo certo. Vale a pena ser jogado e você mesmo tirar sua própria conclusão.
 
INFORMAÇÕES:
- O Download está em Torrent
- Versão do jogo: NTSC  
 

Super Mario Galaxy [Download]



The Legend of Zelda: Twilight Princess, Metroid Prime 3: Corruption, Super Mario Galaxy... Todos possuem uma coisa em comum: em nossas análises, os três receberam o título de "melhor de Wii até o momento". A diferença essencial entre eles está em sua data de lançamento: primeiro veio Twilight; depois, Corruption; e só agora, Galaxy. Assim sendo, é facil de entender que este último é o melhor dos três, sendo o "melhor até o momento", não?





O jogo começa de uma forma bem previsível: com um livro contando uma história. Logo, você encontra Mario passeando pela mais linda encarnação do Mushroom Kingdom já vista até hoje. Então, você percebe que não é um dia comum no lugar: um festival bem colorido está acontecendo. Tudo parece inocente e feliz; Toads passeiam por todos os lados soltando seus típicos ruídos e novas bolhas de diálogo. Até que, como não podia deixar de ser, surge Bowser e sua (nova) corja de vilões, que rapta a Princesa Peach da forma mais ousada de todos os jogos (o que não quer dizer que já não tenha sido feito): roubando, junto a ela, seu castelo inteiro, e levando-o para o espaço. Mario tenta salvá-la, mas é impedido por Kamek em uma dramática cena em que pedaços de perdras voam em todas as direções. O mais surpreendente é que, diferente da tediosa animação de abertura de Sunshine, que consiste em um longo CG, a seqüência é renderizada em tempo real.

E tudo é lindo: logo nas primeiras seqüências, Mario e todos os outros personagens possuem um "brilho" próprio, que tornam cada sprite único. Os efeitos de refração de luz na água, a própria água, sombras, fumaça, raios de luz, efeitos de movimento, deformações no cenário: é tudo de dar água na boca. O jogo traz o raro "efeito Corruption" de "o GameCube não faz isso", mas com a característica extra de deixar até vários jogos das plataformas concorrentes no chão. É, é tão bonito assim. Ainda existem seus pequenos problemas: em alguns momentos, por exemplo, é perceptível que as sombras desaparecem e aparecem repentinamente dependendo da altura do sprite original em relação ao chão. Mas se o problema existe, é pelo bem das constantes 60 frames por segundo nas quais o jogo roda.

E se não bastasse, na parte "estética" do jogo, o melhor ponto nem é o gráfico. Galaxy faz você agradecer à evolução pelo sentido da audição. Afinal, que trabalho sonoro incrível é esse que cria uma atmosfera tão boa que permite você ouvir um bigodudo italiano gritando "Iupí!" enquanto saltita por aí, e nem mesmo estranhe tal cena? Logo nas primeiras galáxias, você já percebe como tudo vai funcionar: as músicas orquestradas são lindas, e dão todo o ar de espaço sideral aos cenários. O mesmo vale para os efeitos sonoros, perfeitamente posicionados e de alta qualidade (as Pull Stars, por exemplo, tem um som característico que você não vai esquecer tão cedo). A Nintendo, como já é de costume, deixou os diálogos falados de lado mas uma vez: até é possível escutar Peach sussurrando uma carta para Mario no começo do jogo (a la Super Mario 64), mas, curiosamente, mesmo essa fala é encoberta quase que totalmente pela música de fundo. Tirando esse diálogo, você vai escutar os grunhidos de Bowser, os "Mario!"s de Peach, os "Please" e "Hm" de Rosalina, e os já conhecidíssimos e variados ruídos de Charles Martinet (Mario, claro).

Após ser varrido do mapa (do Mushroom Kingdom, ao menos) por Kamek, Mario acorda em um pequeno campo de flores com estrelas estranhamente visíveis ao fundo. De repente, surge uma estrela gorducha com olhos e solta um "finalmente você acordou! Vamos brincar", antes de se transformar em um coelho e chamar outros dois amiguinhos semelhantes para fugir do bigodudo. "Esconde esconde" é o nome da brincadeira; mas o nome ideal seria "brincadeira da gravidade". Aqui, você terá que correr e encontrar as criaturinhas por um planeta do tamanho do lar do Sr. Kaioh em Dragon Ball Z, ficando de ponta cabeça e tudo mais. No começo, é muito esquisito, tenho de admitir; a tarefa é bem mais árdua do que parece ser. Mas, após um ou dois planetóides, tudo fica bem mais fácil, como parece ser nos vídeos que você já deve ter visto.

A partir daí, tem início a inútil trama usada no jogo como desculpa para o "colete 120 estrelas e salve a princesa". Você é apresentado à Rosalina e às Lumas (as estrelas rechunchudas de antes), que viajavam pelo universo em uma espécie de estação espacial que tira sua energia das Power Stars, até que a interferência de Bowser faz com que tais fontes de energia se percam pelo espaço. E é aí que você entra: para salvar as princesas, você deve perseguir o rei dos Koopas e recuperar de suas mãos as Power Stars. Para isso, você adquire o poder de viajar entre planetas, por meio das Lumas. Mas isso é mais uma montanha de dados dispensáveis. Agora sim tudo começa.


Na primeira das mais de 40 galáxias do jogo, você é apresentado com mais profundidade à versão de Galaxy da lei da gravidade. A mecânica aqui é simples: você viaja por diversos pequenos planetas interligados por "canhões" de estrelas, até cumprir seu objetivo final (ou seja, uma Power Star). O problema é que esses planetas não são apenas pequenas esferas como você podia estar pensando; eles tem os mais diversos formatos, desde "pizzas" até cones e cilíndros translúcidos, todos com os mais diversos inimigos e obstáculos. E é aí onde se esconde a diversão de Galaxy: muito mais do que seus predecessores, o jogo surpreende a cada novo estágio. Você encontrará pontes retorcidas que deixam Mario de ponta cabeça, buracos que levam de um lado para o outro do planeta, buracos negros assassinos, navios voadores, e até mesmo lindos cenários onde a água flutua no espaço em um efeito espetacular. E cada uma dessas surpresas melhores que a anterior.

E se você pensa que a herança de 64 e Sunshine terminam nos pontos já apresentados, está enganado. Um dos primeiros estágios de Galaxy, a Honeyhive Galaxy, é um vasto cenário nos moldes clássicos, parecido com os das primeiras aventuras 3D de Mario. É claro que o tema espacial ainda existe aqui, mas ainda assim é muito bom saber que a nostalgia está presente. E, sim, o cenário ainda surpreende e diverte como todos os outros. Além de todos estes, você ainda passará por estágios em perspectiva 2D, a la New Super Mario Bros. por ainda manter gráficos 3D, corridas contra o tempo sobre arraias, momentos circenses nos quais Mario se equilibra sobre uma esfera, e muito mais. Muito mais.


Os controles, já cutucados nessa análise, são quase perfeitos. As respostas dos comandos são imediatas, e você não vai se confundir nem com saltos de ponta cabeça nos estágios mais avançados. Tudo funciona basicamente assim: você movimenta Mario com o analógico do Nunchuk, salta com o A, e balança o Wii Remote para realizar determinadas ações e dar um "giro" a la Crash Bandicoot. Você ainda pode coletar Star Bits (mais sobre elas a frente) com o pointer do Wii Remote, e atirá-las contra inimigos e outros com o B, sempre com o pointer na direção desejada. Simples? Na teoria, sim. Mas você ainda pode combinar diversos movimentos em um só, resultando em diversas outras estratégias. Ao dar um giro no ar, você realiza um Spin Jump, que pode acertar inimigos e salvar sua pele de um penhasco. Ainda existe o Triple Jump, o Backward Somersault, o Wall Jump, o Side Somersault, o Long Jump, o Ground Pound... E por aí vai. Cada um com sua própria utilidade.

Uma outra novidade é o modo Co-Star, um cooperativo para dois jogadores. Pegando um segundo Wii Remote, um amigo seu pode ajudar (ou atrapalhar) Mario em suas tarefas coletando Star Bits, paralisando inimigos, ajudando-lhe com pulos mais altos, e outras pequenas coisas, tudo isso com o pointer. O único problema de tal modo é que, após utilizá-lo uma ou duas vezes, você vai ficar mimado e não conseguirá se adaptar com tanta facilidade à jogabilidade solo. Mesmo assim, é uma adição muito legal, que se molda bem à filosofia de "games para a família toda" da Nintendo.



Durante os estágios, é possível coletar dois tipos diferentes de "itens em massa". Existem as já conhecidas moedas, e a novidade Star Bits. O primeiro gênero de itens é mais escasso, e só pode ser coletado pelo próprio Mario; sua utilidade principal é recuperar a energia do personagem. Os Star Bits, por sua vez, são encontrados em centenas por cada estágio, e podem ser coletados a um mero passar do pointer do Wii Remote. Estes servem para serem disparados contra os inimigos para paralisá-los, e para alimentar Lumas famintos em busca de galáxias bônus e outras coisas. Além desses itens, existem os já conhecidos power-ups, que agora são em maior número. Existe o Bee Mushroom, que transforma Mario em uma abelha capaz de voar, se apoiar sobre superfícies finas e grudar em algumas outras superfícies; o Boo Mushroom, que transforma Mario em um fantasma que pode atravessar grades e algumas outras superfícies e flutuar; e o Spring Mushrrom, que faz Mario virar uma mola que salta mais alto. Dentre os power-ups temporários estão as conhecidas Fire Flower e Rainbow Star, que dão à Mario bolas de fogo e invencibilidade, respectivamente, e a novidade Ice Flower, que congela a superfície de água que Mario toca.

Problemas o jogo tem, sim, mas são poucos. Um deles é a dificuldade, que incomoda pelo menos até a metade do jogo. Para obter as 60 estrelas necessárias para conseguir o primeiro final do jogo, nenhum "hardcore" precisa se esforçar muito. E isso incomoda. Felizmente, o caminho para o verdadeiro final do jogo é mais longo e difícil. O outro problema envolve a câmera do jogo que, apesar de perfeita em alguns momentos, falha em certas partes nas quais você precisa olhar pra um lugar, e precisa utilizar a inconsistente visão em primeira pessoa para fazê-lo: ossos do ofício, já que o jogo literalmente gira 360º, de forma que chegaria a ser desleal culpar o time de desenvolvimento por não conseguir deixar a câmera 100%.



Jogar Super Mario Galaxy é uma experiência única e espetacular. Se você gosta de jogos de plataforma, tenha certeza de que é o melhor jogo do gênero de todos os tempos. Gráficos lindos, uma trilha sonora incrível, controles fluentes e uma aventura divertida, variada e durável como poucas (que não forçam a barra) são os fatores que compõem esse título que, de majoritário, só tem um problema: não é "infinito" como o espaço. 

INFORMAÇÕES:
-O Download está em Torrent
-Versão do Jogo: NTSC 

Wario Land: Shake It! [Download]



7 anos após o lançamento de Wario Land 4 para o Game Boy Advance, os fãs dos jogos de plataforma em 2D do anti-herói mais importante da história da Nintendo podem se deliciar novamente com um título de qualidade - desconsiderando o lançamento do péssimo Master of Disguise, como deve ser. Wario Land: Shake It! chega ao Wii retomando os clássicos de Game Boy em uma época em que o vintage está na moda e o jogo mais baixado em redes de download é Mega Man 9.

Shake It! é um verdadeiro ode à fãs dos jogos clássicos de plataforma da Nintendo. Aqui, você não encontrará muita inovação - costume em jogos de Wii; apenas o uso ocasional do sensor de movimentos do Wii Remote e do pointer. No mais, tudo é baseado na diversão simples de um jogo do gênero - sem firulas.

Wario é reapresentado aos jogadores em uma bela animação que os dá a impressão de estar assistindo um desenho animado. Mas eis que o jogo começa e a impressão continua a mesma: todos os gráficos, animações e cenários são desenhados à mão, e apesar de o jogo não se aproveitar de fundos em diversas camadas nem maiores efeitos, as engraçadas e estilizadas animações e os coloridos designs tornam Shake It! um dos mais belos visualmente do gênero.

No início de sua aventura, Wario é informado pela sua antiga conhecida Captain Syrup e uma estranha criatura chamada Merfle que a Shake Dimension, sua rainha e seu maior tesouro - um saco que guarda dinheiro infinito foram tomados por um misterioso inimigo chamado Shake King. O protagonista parte então em uma jornada atrás do tesouro mais valioso de todos, que poderá ter como mera conseqüência o salvamento da Shake Dimension.

Dividida em cinco continentes diferentes com poucas fases cada, a aventura principal - apesar de bastante diversificada, fazendo com que o jogador passe por desertos, mundos submarinos, regiões de florestas, áreas cobertas por neves, vulcões, e mais - é bastante breve, como é costume no gênero. Mas os fãs assíduos não sofrerão com a falta de desafios, já que cada mapa esconde tesouros secretos e uma série infindável de desafios variados - que vão desde derrotar um inimigo escondido até completar um trecho de cenário em um certo tempo. Por fim, ainda existe um grande número de fases secretas espalhadas pelos 5 continentes, que, somadas aos fatores mencionados anteriormente, devem dobrar o tempo de vida útil do jogo até nas mãos dos mais viciados.

Mesmo com todos esses fatores positivos já citados, o que mais impressiona em Wario Land: Shake It! é sua ótima funcionalidade. Apesar de o jogo todo ser controlado com o Wii Remote na posição horizontal - talvez o método de controle mais desprezado dos vários possíveis em um Wii pela ausência de um direcional analógico - tudo flui com perfeição absoluta. Enquanto o direcional faz Wario mover-se, o botão 1 representa os pulos e o 2 a já registrada ombrada. Por fim, uma balançada do controle faz Wario dar um poderoso soco no chão. Com base nesses comandos simples você deverá enfrentar fases extremamente bem elaboradas, cada uma apresentando novos elementos de cenário capazes de utilizar tais ações de novas formas.

Wario Land: Shake It! é um bom novo jogo - o que agradará os mais novos - baseado em idéias de jogos antigos - fator que, por sua vez, fará a felicidade dos mais antigos. O título é belo - pecando pela falta de suporte Widescreen -, funcional, bem elaborado e desafiador. A parte sonora do jogo também vale uma citação: os ruídos feitos pelo protagonista são engraçadíssimos, e algumas músicas ficarão na cabeça por muito tempo. Fã de jogos de plataforma? Esse aqui é indispensável.



INFORMAÇÕES:
-Download em Torrent
- Versão do jogo: NTSC


Olá Pessoal....

Depois de tanto tempo sem postagens, finalmente resolvi ressucitar o blog que estava abandonado...

Então... Desculpe-me pelo atraso, mais tá ai!!!