quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mario Super Sluggers [Download]

Mario sempre se mostrou um atleta completo: Participou dos jogos olímpicos de Pequim – em várias modalidades –, se consagrou no futebol, tênis e golfe (estes dois últimos somente na geração passada). E agora, resolveu seguir carreira no beisebol – esporte muito difundido nos EUA e pouco conhecido em terras brasileiras. Essa experiência já foi bem aclamada no GameCube, com Mario Superstar Baseball , e chega ao Wii com o jogo Mario Super Sluggers ( Mario Stadium Family Baseball, no Japão).

Logo de início, somos apresentados a um belíssimo vídeo, a lá Mario Strikers Charged, que serve como introdução à história, já deixando o jogador no clima. Os menus são bem simples e intuitivos, logo, não há problemas em encontrar o que se deseja. Na tela principal, temos opções para partidas simples, práticas, recordes e também um modo Challenge, que nada mais é, do que um modo “History” com exploração “point and click”, e um enredo bem simplório: Princesa Peach resolve construir um centro insular para que ela possa jogar beisebol com os amigos. Visto isso, ela constrói vários estádios com temáticas diferentes. Então – só para variar – Bowser acaba com a festa. Trazendo consigo um estádio inteiro, como se fosse um navio, e acoplando-o à ilha. Na pele de Mario seu objetivo será recrutar um eficiente time de beisebol – por meio de missões envolvendo o esporte –, para vencer os desafios de Bowser Jr, e expulsar Bowser e seus capangas da ilha.


O game também possui alguns minigames (que no Wii nunca podem faltar), como um em que o jogador deve lançar bolas contra plantas para que estas recuem. Existe também o modo Toy Field, onde um jogador rebate e outros tentam pegar a bola, para assim, terem sua chance de rebater e pontuar.

As partidas podem ser rápidas ou longas, já que há uma opção para selecionar o número de tempos do jogo. Cada time tem um capitão, acompanhado de outros personagens secundários, Mii’s, ou até mesmo os capitães rejeitados na hora da primeira escolha. Há também opção para ter ou não “error itens”, usados para atrapalhar os jogadores que tentam pegar a bola depois da rebatida. Contudo, o que chama mesmo a atenção, são os especiais – cada capitão tem seu especial de rebatida e lançamento, que são muito semelhantes. Mario, por exemplo, pode lançar uma bola flamejante, ao passo que pode rebater obtendo o mesmo efeito. Outro fator bem relevante são algumas inteirações que podem ser feitas por personagens que tenham afinidade – como um “pezinho” para seu companheiro dar um grande salto, e impedir que a bola saia do campo, provocando um “Home Run”. Portanto, é sempre bom manter no mesmo time, personagens do mesmo game que simpatizem mutuamente.

Os controles parecem complicados no início, mas são fáceis de serem dominados. O lançamento é feito a partir de um simples movimento com o Wii Remote, requerendo que seja carregado (caso queira mais força), mantendo o controle para trás por um tempo. As rebatidas são mais simples ainda. Mantenha o controle horizontalmente para trás para carregar, e faça um movimento brusco para frente, na hora que você achar conveniente para dar uma boa rebatida. Não existe um controle especial para canhotos e destros, já que o movimento é mecânico. Mas dá uma certa sensação de irregularidade quando não se alterna esquerda e direita, por haver essa variação entre os personagens.


Depois que uma bola é rebatida com sucesso, o rebatedor vai correr automaticamente de uma base à outra. Se quiser mais velocidade, basta balançar freneticamente o controle. Na defesa, também não há problemas, pois também temos uma movimentação automática dos personagens. Ficando a cargo do jogador, apenas os passes e alguns saltos acrobáticos para não deixar a bola tocar o solo, ou sair do campo. Há também a opção de acoplar o Nunchuk, para um controle manual da direção dos personagens. Porém é algo um tanto dispensável e que apenas complica o game, que funciona muito bem apenas com o Wii Remote. Salvo apenas algumas situações onde o Nunchuk se destaca. No lançamento, por exemplo, se queremos uma bola com curva, precisamos girar o controle – se tivermos apenas com o Wii-Mote – e geralmente a bola não vai para onde queremos. No entanto, se já tivermos o acessório, basta apenas mover o analógico para o lado que você quiser, e a bola fará o trajeto perfeitamente.

Os gráficos não desapontam, nem impressionam. Os modelos e as texturas são bem definidos, assim como os efeitos das rebatidas e lançamentos. O problema é que está novamente igual aos outros jogos paralelos de esportes do Mario – se juntássemos todas as experiências esportivas que ele teve no Wii, poderíamos fazer um jogo só, e ninguém notaria que foram feitos em épocas diferentes. No entanto, os detalhes das roupas e rostos - com exceção dos Miis – estão minuciosamente trabalhados. Gramas e pisos também não deixam a desejar. Visualmente falando, tudo está praticamente como sempre, até a platéia (que parece de papel) se assemelha demais com outras já vistas em games anteriores e casuais do encanador.

A parte sonora do game está bem interessante. As músicas ajudam a dar um tom mais animado ao jogo, bem como os demais efeitos sonoros, que, mesmo não tendo a pretensão de serem fiéis à realidade, fazem o jogador se sentir realmente em um jogo de beisebol.

Mario Super Sluggers é um jogo que quase não deixa a desejar. Pois a Namco/Nintendo perde a chance de lançar um game “Excelente” e fica no “Ótimo”, pela engine gráfica “repetida” e por apresentar apenas um upgrade de Mario Superstar Baseball, sem grandes e notáveis inovações. Mas afinal, isso é um jogo de beisebol e já foi fantasticamente explorado e adaptado para Mario e sua turma. Além disso, o game traz um belo arsenal de modos e personagens, e uma jogabilidade bem prática, tornando o game muito divertido, simples e intuitivo. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário